3 dicas de livros para quem quer entender melhor o poliamor

Além de filmes, o Mundo Poli-Amoroso traz dicas semanais de livros que tratem direta ou indiretamente sobre o poliamor. Abaixo, 3 obras que vão te ajudar a entender melhor esse novo formato de relação amorosa. Para ficar em dia com as próximas publicações, siga nossa página no Facebook clicando aqui!

A Cama na Varanda – Edição revista ampliada

A cama na varanda - Regina Navarro Lins

Autor: Regina Navarro Lins
Editora: Best Seller Ltda
Ano de lançamento: 2012

Um dos maiores sucessos editoriais dos anos 90. “A Cama na Varanda” é daqueles livros que o tempo decanta. É assim porque sua base é a insatisfação que predomina nos relacionamentos amorosos e sexuais. Em A Cama na Varanda, Regina discorre brevemente sobre a história do amor desde a idade da pedra e trás exemplos reais das problemáticas de seus pacientes (sem expor identidades), associando-os ao atual contexto social.


Ame e Dê Vexame

223695_4Autor: Roberto Freire
Editora: Guanabara
Ano de lançamento: 1990

Ame e dê vexame aborda as dificuldades de uma vida amorosa numa sociedade voltada para o que está em oposição aos sentimentos. São textos que, ao relatar experiências pessoais, encerram lições valiosas para quem precisa assumir a precariedade de uma existência que não descarte o amor. Eles funcionam como um roteiro leve e bem humorado em favor da gratificação permanente, apesar das advertências de uma sociedade baseada na exploração e no consumo. Na série de textos sobre assunto tão candente, o autor explica as vantagens de mergulhar profundamente naquilo que pode causar escândalo em determinado momento, mas que revela-se, com o tempo, como a única grande motivação de se continuar vivo.


Poliamor no século XXI: Amor e intimidade com múltiplos parceiros

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Autor: Deborah Anapol
Editora: Rowman & Littlefield Publisher, Inc.
Ano de Lançamento: 2010

Poliamor significa ter relações emocionais intimas simultâneas e possivelmente sexuais com dois ou mais indivíduos, com conhecimento e consentimento de todos os envolvidos. O crescimento dessa prática nos Estados Unidos indica uma mudança significante na maneira que o casamento e as relações íntimas têm se desenvolvido nas últimas décadas. Esse é o primeiro livro sobre Poliamor escrito para um público universal, ou seja, tanto aqueles interessados em praticar o poliamor, quanto aqueles que não têm a menor intenção de fazê-lo. Leitores que gostariam de entender melhor essa visivelmente crescente forma de se relacionar vão encontrar respostas aqui. Pessoas que não praticam o poliamor vão encontrar uma análise cuidadosa desse estilo de vida e das variadas dificuldades, preocupações e recompensas que nascem com ele. (Tradução da autora)

“No que os poliamoristas em geral acreditam?”

A psicanalista e escritora Regina Navarro lista os valores que inspiram a prática do poliamor. O material foi tirado do livro A Cama na Varanda – edição ampliada.

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  • Os poliamoristas dizem que sua filosofia nada mais é do que aceitação direta e a celebração da realidade da natureza humana.
  • Os poliamoristas dizem que o sexo não é o inimigo, que o real inimigo é a quebra e a traição de confiança resultante da tentativa de reprimir nosso ser natural em um sistema social rígido e antinatural.
  • Os poliamoristas dizem que o sexo é uma força positiva se aplicada com honestidade, responsabilidade e verdade.
  • Os poliamoristas não têm de atender a todas as necessidades de cada parceiro; eles devem ajudar. Se sua esposa ama ópera e você não gosta, talvez algum de seus amantes apreciará levá-la à ópera. Se ele for também um mago da informática e ajudar a consertar seu computador quando ele não funciona direito, você é uma pessoa de sorte.
  • Os poliamoristas dizem que o amor é um recurso infinito, e não finito. Ninguém duvida de que você possa amar mais de um filho. Isso também se aplica aos amigos – quando você encontra um novo amigo, não precisa se preocupar com quem terá de descartar para colocá-lo no lugar.
  • Os poliamoristas dizem que o ciúme não é inato, inevitável e impossível de superar. Mas eles lidam com o ciúme usualmente de forma bem-sucedida. Há um novo termo para o oposto do ciúme: “compersion” (sem tradução para o português ainda, talvez possa ser traduzido como algo perto de “comprazer”). “Compersion” é o sentimento de contentamento que advém do conhecimento de que uma pessoa que você ama é amada por mais alguém.
  • Os poliamoristas dizem que o amor deve ser incondicional, no lugar da proposição monogâmica de que “Eu irei amar você sob a condição de que você não amará mais ninguém”, “Desista de todos os outros”, como usualmente é colocado. E, conforme demonstrado pela história, o casamento monogâmico não dá nenhuma garantia de que uma pessoa não amará mais ninguém ao longo da vida.
  • Os poliamoristas acreditam em um investimento emocional de longo prazo em relacionamentos; assim como esse objetivo nem sempre é alcançado no poliamor, ele também nem sempre é alcançado na monogamia.
  • Os poliamoristas acreditam que eles representam os verdadeiros “valores familiares”. Eles têm a coragem de viver um estilo de vida alternativo que, embora condenado pela sociedade, é satisfatório e recompensador para eles. Crianças que têm muitos pais e mães têm mais chances de serem bem cuidadas e menos riscos de se sentirem abandonadas se alguém deixa a família.